segunda-feira, 18 de julho de 2011

Telejornalismo e o Consenso Fabricado


Tenho recebido muitos emails de alguns que insistem achar que, por gostar de ler, sou obrigado a decodificar os enormes textos que me mandam. Mas, nesta semana, um breve texto me chamou atenção, foi justamente sobre o assunto: Imparcialidade no Jornalismo.

Um email enviado por minha querida professora e jornalista renomada Nadya Argôlo, no qual havia um comentário do jornalista baiano Carlos Baqueiro, que dizia: “Aí está uma idéia do Jornalismo te TV, eles adoram fontes viciadas, mas não entendam viciadas em drogas, e sim, nas mesmas pessoas, aquelas que falam as mesmas coisas, coisas que todo mundo já sabe”.

Feliz com essa declaração óbvia de Baqueiro, lembrei da matéria A Arte da Imparcialidade Jornalística postada na edição 632 do Jornal Observatório da Imprensa, que pautava as redes sociais, a qual ressaltava os casos famosos de demissões que aconteceram devido à livre expressão no Twitter. Como a de Felipe Milanez, que era editor da revista National Geographic e foi demitido por criticar matéria da revista Veja, que faz parte do Grupo Abril, seu empregador.

Com essa e outras notícias parecidas, é possível acreditar que no meio jornalístico, a imparcialidade é subjetivo, especialmente quando falamos em mídia, comunicação. Subjetivo e impossível. Percebe-se que a imparcialidade está em xeque a cada palavra escrita, imagem ou argumento escolhido no ato de repassar a informação. Para os adeptos da filosofia, é oito ou oitenta, ser imparcial é pura utopia: existe parcialidade, sim, a cada etapa.

Alguns leigos ainda pensam que jornalistas possuem poderes e privilégios sobre os demais seres da raça humana, a verdade é que há limitações impostas em vários níveis, válidas não somente durante as horas de trabalho. Estou falando de supostas obrigações em tempo integral: de dilemas éticos por agir em prol da liberdade de outros enquanto no fundo sacrificamos a nossa.

É necessário saber que quando se envolve Imparcialidade, a verdade é que nem sempre podemos pressionar a tecla "Enter".

Infelizmente, não foi o que a entrevistadora abaixo fez. No vídeo ela mostra sua intensa parcialidade, ou seja, na entrevista é ela quem decide o que deve ser falado, exposto, apresentado, mostrado, oferecido aos seus consumidores. 

Acho que está na hora de explicar a esse povo que liberdade de imprensa não é o mesmo que liberdade de expressão. 

Luciano Barreto.

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Carlos Baqueiro 18 de julho de 2011 às 18:25  

Parabéns pelo Blog... se tem algo na vida que jornalista tem de fazer é escrever. :-)
Bem legal seu texto. Leve, e objetivo, como deve ser uma postagem para Blog.
A panacéia da imparcialidade (ou isenção) já foi pras cucuias. Só acredita nela ainda quem não lê jornal.
Quando estudei na FCS tive uma boa experiência de produção de blog também. Depois dá uma chegada lá:
http://www.cidade.blogger.com.br/2007_05_06_archive.html
um abraço,
carlos baqueiro

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